quinta-feira, 18 de abril de 2013

Conceito de Território e Concepções e Abordagens

Na biologia: uma das formas de se referir ao território é como uma área dominada por uma determinada espécie de animal.


Na antropologia: o território pode estar associado à área vivida por uma comunidade indígena, na qual ela sobrevive e mantém sua cultura.

Na geografia: é comum se referir ao território no sentido político administrativo, ou seja, relacionado aos limites espacias de um país, estado ou município.

Fonte- Geografia Sociedade e Cotidiano 1

Concepções e abordagens

  • Concepção Naturalista
     A concepção naturalista compreende duas definições de território uma estabelecia pelos animais e outra que envolve o comportamento "natural" dor homem. Nela há, assim, importante relação enter Geografia e Biologia, pois compreende-se o território numa perspectiva que transpõe o darwinismo para as análises sociais.
  • Concepção Econômica
     A concepção econômica entende o território como fonte de recursos, uma área estabelecia que garante os recursos necessários à (re)produção material de um grupo social.  
  • Tradição Jurídico-Política
      tradição jurídico-política associa território ao Estado. Entre os autores que estacam essa concepção, destaca-se o geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904).
  • Perspectiva Idealista
     perspectiva idealista analisa o uso do espaço vivido  as relações e as relações culturais que nele estabelecem. Entende-se que os laços com o território são mediados pelos valores materiais e também pelos culturais, espirituais, simbólicos, afetivos e pela nação de pertencimento. 

    Regionalização do Espaço Mundial e as três formas de regionalizar o espaço geográfico

                 Pesquisa 1 - http://wwwblogdoprofalexandre.blogspot.com.br/2011/01/regionalizacao-do-espaco-mundial.html

    Regionalizar implica em diferenciar partes do espaço geográfico, para isso leva-se em conta diferenças e semelhanças entre determinadas regiões ou grupo de países.
    Entenda mais sobre regionalização com as leituras abaixo:
    Seja qual for a forma de regionalização todo conjunto de informação é seletivo e não dá conta de evidenciar todos os aspectos de uma determinada realidade. Em determinados mapas apenas alguns aspectos são mostrados enquanto outros são deixados de lado.
    Os mapas que se ocupam com regionalizações devem ser observados à luz de suas necessidades de pesquisa. Se você quer conhecer quais são os continentes haverá um mapa que os mostram, porém nesse mesmo mapa você não conseguirá saber se naqueles continentes há países pobres ou ricos. Um mapa que mosta a mortalidade infantil dará mais subsídios para você analisar a situação socioeconômica.
    Veja alguns mapas abaixo.
    Mapa da vegetação mundial. Um critério físico (ou natural) através dele você apenas localiza as grandes vegetações e vê como elas se distribuem pelo planeta.
    Mapa da mortalidade infantil. Neste mapa é possível analisar a situação socioeconômica (um critério social), visto que em países subdesenvolvidos (pobres) há mais mortalidade infantil.
    Mapa dos continentes. Um mapa no qual pode-se localizar onde estão os continentes e quais são eles, por si só não oferece maiores informações. Detalhe, o conceito de continente às vezes fica mal aplicado em determinada circunstância (massa de terra maior que a Groelândia rodeada por água), pois a Europa é, na ralidade, uma gande península da Ásia. Não dá para se saber o que se passa nestes continentes, ou melhor, fica de fora as análises socioeconômicas, políticas, etc.
    Fonte dos mapas: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor, 3ª série (coord. Maria Inês Fini). São Paulo: SEE, 2009.

    A Regionalização do Espaço Mundial

     Uma das formas mais usadas para aprender Geografia é o estudo das regiões. De acordo com o geógrafo francês Vidal de La Blache (1845-1918), a região constitui uma unidade de análise geográfica que exprime a forma de os homens organizarem o espaço terrestre.
    Assim, as regiões não são apenas um instrumento teórico de pesquisa, mas existem de fato, e cabe aos pesquisadores delimitá-Ias, descrevê-Ias e explicá-Ias.
    De forma geral, regionalizar significa individualizar parte do espaço geográfico de acordo com determinados critérios, que podem ser sociais, culturais, físicos, econômicos e políticos. A regionalização pode também ocorrer em diferentes escalas: mundial, como a divisão do globo em dois hemisférios; nacional, como a separação territorial dos países; e local, como a delimitação de áreas específicas (a região central de uma cidade, por exemplo).
    Nesta unidade estudaremos vários modos de regionalizar o mundo, com destaque as divisões políticas e socioeconômicas, todas resultantes de um processo histórico que moldou - e ainda molda - o espaço geográfico mundial.
    A regionalização vem sendo estudada e proposta por muitos pesquisadores, com o objetivo, principalmente, de facilitar a análise do espaço geográfico. Ao dividir o espaço, ou fazer determinado recorte temático, é possível aprofundar o conhecimento sobre uma localidade, ou comparar diversas regiões, como nos mostra o geógrafo estadunidense Richard Hartshorne (1899-1992).
    Richard Hartshorne
    A partir da década de 1930, com a preocupação de estudar deta1hadamente aspectos particulares do espaço geográfico, tornou-se mais comum fazer divisões temáticas, com base em fatores físicos (relevo, clima, vegetação, solo) e humanos (população, economia, entre outros). Até hoje, muitos estudos técnicos, acadêmicos e nos diversos níveis educacionais consideram essa concepção.
    Um dos principais pesquisadores dessa forma de estudo foi o geógrafo estadunidense Richard Hartshome, professor nas universidades de Minnesota (1924-1940) e Wisconsin (1945-1970). Seu legado foi articular a Geografia Geral com a Regional e incorporar o estudo de áreas diferentes da superfície terrestre, delimitadas pelo pesquisador.
    A inter-relação de diferentes fatores - como solo, clima, produção agropecuária e mercado consumidor permitiria compreender a área analisada. Esse estudo, que Hartshorne denominou de Geografia Idiográfica, poderia ser feito repetidamente, no mesmo local. Ainda segundo Hartshorne, seria possível comparar o estudo de várias áreas, processo que ele chamou de Geografia Nomotética.
    Esses métodos passaram a ser muito úteis para planejamentos e estudos regionais, com desdobramentos em análises estatísticas e no geoprocessamento de informações. As principais publicações de Hartshorne foram A natureza da Geografia (1939) e Propósitos e natureza da Geografia (1959).


    Há, portanto, diversas possibilidades de regionalização. Podemos citar algumas: países ricos e pobres; países do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul; por continentes (América, África, Ásia, Europa ou Oceania - vide mapa 1); países de cultura ocidental e de cultura oriental, e assim por diante.
    MAPA 1
      É importante lembrar que essas regionalizações são uma criação humana, empreendida por pesquisadores ou por pessoas que habitam o lugar. Mas há algumas dificuldades para regionalizar, já que o mundo não é homogêneo e sofre constantes transformações (leia o boxe).
    A região
    Durante um longo período muitos a estudaram isoladamente do mundo como um todo. Viam-na como uma entidade autônoma, com aspectos particulares, o que equivalia a dividir o mundo em uma infinidade de regiões autossuficientes, mantendo poucas relações entre si. Mas o mundo mudou e as transformações são cada vez mais intensas e velozes.
    A compreensão de uma região passa pelo entendimento do funcionamento da economia ao nível mundial e seu rebatimento no território de um país, com a intermediação do estado, das demais instituições e do conjunto de agentes da economia, a começar pelos seus atores hegemônicos.
    Estudar uma região significa penetrar num mar de relações, formas, funções, organizações, estruturas etc., com seus mais distintos níveis de interação e contradição.
    Se o espaço se torna uno para atender às necessidades de uma produção globalizada, as regiões aparecem como as distintas versões da mundialização. Esta não garante a homogeneidade, mas, ao contrário, instiga diferenças.
    É neste contexto que o estudo da região assume importante papel nos dias atuais, com a finalidade de compreender as diferentes maneiras de um mesmo modo de produção se reproduzir em distintas regiões do globo, dadas as suas especificidades.
    Num estudo regional se deve tentar detalhar sua composição enquanto organização social, política, econômica e cultural, abordando os fatos concretos, para reconhecer como a área se insere na ordem econômica internacional, levando em conta o preexistente e o novo, para captar o elenco de causas e conseqüências do fenômeno.
    Fonte: SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. p. 46-48.
    Há, portanto, diversas possibilidades de regionalização. Podemos citar algumas: países ricos e pobres; países do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul; por continentes (América, África, Ásia, Europa ou Oceania - mapa 1)- ; países de cultura ocidental e de cultura oriental, e assim por diante.
    Ao estudar países pobres e ricos, por exemplo, o critério adotado é o socioeconômico. Se a regionalização se basear na divisão política, o critério é, principalmente, o território de cada país e suas influências regionais ou globais. Já se levarmos em consideração aspectos como o idioma, a religião e os costumes, essa regionalização será de caráter étnico e cultural - vide mapa 2.
    Mapa 2
    Durante a Guerra Fria, duas formas de regionalização do espaço mundial foram muito utilizadas:
    A divisão Leste X Oeste: criada em função da localização geográfica das superpotências. Tinha no Oeste o bloco de países capitalistas, alinhados aos EUA, e no Leste o bloco de países socialistas, alinhados a URSS. Na Europa se deu a clara materialização dessa regionalização onde existia a chamada "Cortina de ferro" - vide mapa 3, separando a Europa Ocidental da Oriental. Mesmo aqueles países localizados no Oeste que se alinhavam a URSS, eram agrupados no Leste, assim como o inverso também ocorria.
     Mapa 3
    Os três mundos: essa regionalização foi criada a partir do artigo escrito por um jornalista francês chamado Alfred Sauvy, no qual o mundo seria como a França antes da Revolução Francesa, dividida em 3 estados. Para Sauvy, o mundo pós-2ª Guerra estaria dividido em três, sendo :
    Primeiro mundo: constituído pelos países capitalistas desenvolvidos, como, EUA, Canadá, países da Europa Ocidental, Japão, Austrália e Nova Zelândia.
    Segundo mundo: constituído pelos países socialistas, como, URSS, países do Leste Europeu.
    Terceiro mundo: constituído pelos países subdesenvolvidos, como, países da América Latina, da Ásia, da África.
    Mapa 4
    Durante a Guerra Fria, alguns chegaram a falar em um quarto mundo, que seria constituído pelos países mais pobres do mundo de economia basicamente primária, e com profundos e caóticos problemas sociais.
    Países do Norte e do Sul: diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo Mundo”.
    Figura 1
     Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.
    No século XIX, os países europeus realizaram uma verdadeira corrida colonial em direção à África e à Ásia, onde havia imensas porções territoriais ainda desconhecidas por eles. Esse fato pode ser explicado pela crescente industrialização, que por um lado originava as crises de superprodução, obrigando as nações industrializadas a buscar mercados externos para vender excedente, e por outro dependia cada vez mais de novas fontes de matérias-primas.
    A regionalização do espaço mundial com base em critérios sociais sempre está ligada ordem internacional que prevalece num certo momento, ao equilíbrio instável dos países e os grupos de países, à disputa (ou cooperação) entre as grandes potências mundiais. Após 1945 o mundo dividiu-se em três "mundos" ou conjuntos de países: o primeiro mundo(países capitalistas desenvolvidos); o segundo mundo (países socialistas ou de economia planificada); e o terceiro mundo (áreas periféricas ou subdesenvolvidas, com freqüência marcadas por disputas entre capitalismo e socialismo).
    Para entendermos a regionalização atual, dos anos 90 e início do século XXI, temos que estudar a crise do segundo mundo e como essa crise vem reforçando a oposição entre o Norte e o Sul. 
    E, para melhor entendermos, estudaremos sobre a Guerra Fria, pois foi neste período histórico – 1945 a 1991 – que o mundo esteve regionalizado, isto é, dividido, em dois blocos geopolíticos, que contribuiu para a bipolarização do espaço mundial.
    Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.
    A regionalização do espaço mundial com base em critérios sociais sempre está ligada ordem internacional que prevalece num certo momento, ao equilíbrio instável dos países e os grupos de países, à disputa (ou cooperação) entre as grandes potências mundiais. Após 1945 o mundo dividiu-se em três "mundos" ou conjuntos de países: o primeiro mundo(países capitalistas desenvolvidos); o segundo mundo (países socialistas ou de economia planificada); e o terceiro mundo (áreas periféricas ou subdesenvolvidas, com freqüência marcadas por disputas entre capitalismo e socialismo).
       Para entendermos a regionalização atual, dos anos 90 e início do século XXI, temos que estudar a crise do segundo mundo e como essa crise vem reforçando a oposição entre o Norte e o Sul.

    Algumas classificações de paisagem

                                              Paisagem natural e paisagem humanizada
    Paisagem Humanizada É aquela que já sofreu algum tipo de modificação pela ação humana como construções de casas e estradas, indústrias, pontes, túneis e muito mais. Sendo assim, um jardim ou um campo de plantação de trigo também é considerada paisagem humanizada pois apesar de ser constituído de elementos da natureza , esta paisagem não existiria sem a interferência humana visto a organização e disposição dos elementos neste espaço.














    Paisagem Natural A paisagem natural é formada pelos elementos naturais: montanhas, rios , florestas, etc... É uma paisagem natural porque, não tem nenhuma modificação feita pelo homem.




     Explicação avançada
    Paisagem Natural
    A paisagem pode receber vários significados, mas na ciência geográfica é definida como um conjunto de estruturas naturais e sociais de um determinado lugar no qual desenvolvem uma intensa interatividade, seja entre os elementos naturais, entre as relações humanas e desses com a natureza.

    Geograficamente, a paisagem é tudo aquilo que podemos perceber por meio de nossos sentidos (audição, visão, olfato e tato), mas o que mais destaca é a visualização da paisagem.

    Costuma-se considerar como paisagem somente os elementos naturais, tais como montanhas, rios, mares, florestas entre outros, entretanto, paisagem também abrange as construções humanas como pontes, ruas, edifícios, além das relações humanas como feiras, estádios de futebol, nesses casos ocorre uma variação das paisagens, pois se trata de uma composição momentânea.

    Diante desse contexto, a paisagem se divide em paisagens naturais (lagos, oceanos, vales, florestas, montanhas, seres vivos) e as interações existentes. A variação de cada elemento determina a configuração de cada paisagem, por exemplo, o clima quente e úmido produz florestas com uma grande quantidade de vidas, tanto da fauna como da flora, em contrapartida nas zonas polares, onde o frio é intenso, não há o desenvolvimento de elevados números de vidas e diversidades. As paisagens culturais correspondem a todos os elementos construídos pela ação antrópica, como pontes, portos, ferrovias, túneis e muito outros. Apesar da divisão entre paisagem natural e cultural, não existe nenhum lugar no planeta que não tenha sofrido interferências diretas ou indiretas do homem, até por que o que é produzido de poluição nas cidades se dispersa por todo o planeta.

    Paisagem Humanizada:

    Considerando os movimentos nas paisagens, podemos perceber que elas mudam de um momento para outro. Por isso, afirmamos que elas são dinâmicas, estão sendo constantemente modificadas. Elas podem ser modificadas também: quando casas ou prédios são derrubados, e outros são construídos; quando uma área de floresta é desmatada; quando ocorre uma colheita numa área cultivada, por exemplo, com arroz; quando ruas, viadutos, pontes, rodovias, são construídos, etc.

    No mundo atual praticamente não existe paisagem natural; são muito restritas as áreas onde existem apenas elementos naturais. Os oceanos, por exemplo, são constantemente atravessados por navios de todo tipo, seus recursos são explorados (inclusive de seu subsolo), em seus leitos há milhares de quilômetros de cabos submarinos feitos de cobre ou fibra óptica, que possibilitam as comunicações entre milhões de pessoas de diferentes continentes, diariamente. Em diversos trechos da floresta Amazônica são desenvolvidas pesquisas, atividades de exploração, muitas delas prejudiciais ao ambiente.

    A paisagem humanizada (artificial ou cultural) é a que está presente nos mais vastos recantos do planeta. Nela coexistem elementos naturais e artificiais, havendo uma predominância destes últimos. No entanto, é preciso considerar que mesmo muitas plantas que existem nas paisagens bastante humanizadas, como as das grandes cidades, não apareceram e cresceram naturalmente, elas foram plantadas pelas pessoas. A sua existência, portanto, naquele determinado local, é resultado da ação humana.

                                           

                               Paisagem intensamente transformada e pouco transformada.
     Intensamente transformada

    Pouco transformada
    Paisagem urbana e paisagem rural
    Paisagem urbana - Tendo em vista a grande construção de casas, prédios e edifícios, normalmente é quase só concreto, porém nada impede que toda e qualquer pessoa tem ao menos um pé de árvore, em seu jardim.

    Paisagem rural - Campos, pradarias, árvores de grande porte, currais, chiqueiros, potreiro, e animais fazendo parte da estrutura rural.
    http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080216151059AA0jOtC